quinta-feira, 24 de dezembro de 2015

O desafio de se encontrar

Algumas manhãs são diferentes de outras, com certeza, a de anteontem foi esquisita, a de ontem decisiva e a de hoje duvidosa. 
Definitivamente, se tem uma lição que eu aprendi no mercado de trabalho é que preciso sobreviver e, sendo assim, acho que vou passar um pouquinho mais de tempo nos corredores da faculdade em 2016.
De novo.
E sem direito a férias, devo frisar.
Não porque eu não saiba o que quero da vida, isso eu tenho muita certeza, mas porque para chegar lá, o caminho se tornou meio tortuoso.
Sim, ainda me sinto culpada por abandonar um pouquinho a minha primeira graduação, a qual eu fiz com muito esforço e que me trouxe muitos amigos.

Sim, valeu a pena ter feito Pedagogia. Não, eu não trabalho na área. E daí?
Não, não sou pedagoga. Não, não sou professora. Não, não sou coordenadora, nem monitora, nem nenhuma das alternativas que a graduação de Pedagogia me deu a alternativa de trabalhar.
Então, eu fiz Letras, meio relutando só porque eu não queria admitir o quanto eu era (e ainda sou) apaixonada pelas palavras.
Eu me descobri, pois, nos três anos de curso eu fui professora de inglês, eu fui professora de português, eu fui editora de conteúdo - Valeu, Cross! - eu fui revisora e também Designer Instrucional, até me arrisquei e brinquei de ser conteudista - Valeu Café. 
Enfim, foi uma vida meio doida que eu gostava muito! 
Foram anos de muitas aventuras.
Aí eu inventei de fazer Docência do Ensino Superior só porque eu sou eu e gosto da perspectiva do nível superior. Também fiz Psicopedagogia, pois gosto de saber como funciona a mente humana em relação à aprendizagem!
E, assim como Pedagogia, a minha turma de Psico é a melhor de todas.
È estranho dizer que a cada curso que eu fiz fui me descobrindo um pouquinho mais?
E, aqui estou eu, aos 45 do segundo tempo, com 26 anos de idade, confessando que eu não tenho o mínimo talento com sala de aula!
E que eu, uma pessoa com Asperger (e sérios problemas sociais) trabalho com Marketing! E sou redatora freelancer.
De uma forma bem absurda, trabalho, de forma torta, com comunicação.
Isso não é estranho?
Sim, ainda estou carregando nas costas o fato de abandonar Pedagogia e quero chorar todas as vezes em que eu penso nisso!
Eu te amo Pedagogia porque contigo aprendi a ser, acima de tudo, humana, que não posso enxergar o outro apenas como um indivíduo. É muito mais que isso! Agradeço o time de professores por tudo <3
Também te amo, Letras! Obrigada por ter me feito a pessoa que eu sou, por ter me tornado a Raquel que eu sou hoje. Também amo o time de professores que me ensinaram gramática, linguística, por ter me ensinado revisão de textos e redação.
Também amei as minhas pós por me fazer descobrir que também tenho o espírito da liderança.
2016 me traz um novo desafio, o mais difícil de todos, que eu acho que vou conseguir superar. Devo passar uns aninhos pelos corredores da Uninter, mas e daí?
Eu meio que já previa que ia ter que seguir esse rumo se quisesse continuar a trabalhar na minha área, mas não me importo. 
Porque, no fim das contas, eu me descobri!




1 comentários:

Mariana. disse...

Emocionante!!! Sucesso sempre, Quel! Parabéns pela coragem e emoção das palavras e atitudes na vida!

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Cantinho da Quel Published @ 2014 by Ipietoon