domingo, 7 de junho de 2015

A difícil escolha entre o ser e o não ser...

Em um mundo globalizado como o nosso, o acesso ao ensino superior torna-se um quesito indispensável para a entrada no mercado de trabalho, levando-se em consideração cargos e salários.
O mais difícil de tudo é quando o estudante precisa e necessita escolher qual caminho seguir. E aí, minha gente, começa a batalha porque o objetivo não é cometer erros.
Comigo, por exemplo, foi bem esquisito. 
Eu queria ser tudo e nada ao mesmo tempo e, desde que era uma menininha, tive tantas profissões que é até engraçado de lembrar.
Eu, com seis anos, era aeromoça ou comissária de bordo (como queiram chamar). Na ocasião, eu simplesmente idolatrava aquele mundo, o que acontece ainda, mas em menos intensidade. Sabe o que é você ficar louca com o barulho da turbina de um avião ou amar aquele cheirinho de aeroporto? Era exatamente o que acontecia comigo.
Eu, com doze anos, queria ser professora porque, na minha cabeça louca, era uma profissão super valorizada, ou que, pelo menos, as pessoas deviam amar e idolatrar em todas as instancias de nossas vidas. Afinal, o que seria de nossas vidas sem nossos mestres? 
É claro, que depois de dez anos a minha visão em relação a isso é diferente.
Eu, com quinze anos, já no ensino médio, queria uma profissão diferente e que, no mínimo, era loucura. 
Sim, minha gente, eu queria fazer Química. No entanto, a visão que as pessoas têm desse profissional é tão distorcida que eu realmente fiquei assustada com o julgamento, na época.
Eu, com dezesseis anos, queria entrar para a mesma área que a minha mãe trabalhava. E quem diz “Eu não vou deixar ninguém influenciar a minha decisão” está enganado. 
Gente, não caiam nisso porque é balela.  As influencias estão ao nosso redor, onde menos imaginamos. 
E, no meu caso, a minha mãe era a minha referencia porque ela trabalhava na área de saúde e ver ela de branco era... Emocionante. O problema disso tudo é que eu tinha aversão a sangue, o que ocorre até hoje, e eu precisava arrumar um jeito de não chegar perto de sangue ou estudar anatomia com cadáveres. 
É claro que, no final, eu arranjei mesmo um jeito: Eu queria ser nutricionista.
Só que não deu muito certo quando comecei a pesquisar tudo que eu precisava estudar para entrar para essa profissão e, de acordo com o meu irmão, a minha cara de horror foi impagável.
E então, parti para a minha segunda referência. Meu pai. Yeah! Eu tinha uma segunda opção de curso que não era na área de saúde, mas que eu admirava.
Então, com dezessete anos, eu tinha  um novo plano e uma nova profissão.
Meu pai trabalhava com construção civil e a vida dele era fazer cálculos, orçamentos, medir espaços e todo aquele blábláblá. 
Meu novo plano incluía eu me matar de estudar para fazer Engenharia.
Aí veio mais um problema... A grade de Engenharia não me agradou, mas eu queria estar na mesma área do meu pai e fiquei dias pensando no que fazer. 
Com bases em pesquisas, conheci a parte legal da coisa toda e, com certeza, menos chata. É claro que me apaixonei por Arquitetura.
Até aí tudo bem... Eu seria uma ótima profissional se, pelo menos, conseguisse gostar de matemática, o que odeio até hoje.
E, por falar em cálculo, vocês precisam saber que tomei um grande susto quando descobri que, no ultimo ano do ensino médio, tinha sido a melhor aluna da turma em Matemática e Química. 
Gente, matemática! Eu tinha sido a melhor aluna em Matemática e Química!
O meu pensamento foi, com toda certeza, bem louco ou perto disso. No mínimo, o de que a minha escola pirou. Ou os professores.
Nunca vou saber quem pirou de verdade.
Mas, voltando a temática, chegou, enfim, o temido ano... O ano que todo estudante ama, para não dizer o contrário, porque são tantas responsabilidades ao mesmo tempo. Precisamos nos dedicar à escola, tirar notas boas, estudar para as milhões de provas e, ainda mais, escolher a tal da profissão que queremos.
Não que eu esteja reclamando, mas é uma coisa que muda todo o futuro de uma pessoa. É o que vamos ser para o resto de nossas vidas e são tantos questionamentos que nos vemos loucos com a difícil escolha do ser ou não ser.
Enfim, o ano logo ia acabar e lá estava eu louca com tantas responsabilidades. 
E a pior delas, para mim pelo menos, era o ENEM.
Depois do ENEM veio a prova da Estadual e logo depois veio as provas da Federal. 
A parte legal disso tudo? 
Bom, é bem difícil ter algo legal nessa história de ser ou não ser, mas, na cidade que eu morava, para meu alívio, eu podia escolher entre duas Federais porque lá tem duas.
Yeah! De novo, a sorte estava do meu lado. 
Preciso dizer que esse foi um pensamento bobo?
O ENEM passou e veio a prova da Estadual, que entre milhares de cursos e milhares de opções, eu precisava escolher apenas um. 
E o que levei em consideração? Claro, o meu super poder de entender as matérias que exigiam leitura. 
E corri de calculo, literalmente.
Lá estava eu fazendo minha primeira prova de vestibular para Pedagogia, o que foi uma escolha tão pequena em relação ao curso que meu irmão havia escolhido.
Meu irmão é um ano mais novo do que eu, mas sempre estivemos juntos, entramos na escola juntos, estudamos juntos, fomos amigos e nos formamos juntos, assim como prestamos vestibular juntos. E em relação ao curso dele, Pedagogia era tão... Sem palavras.
Serio. Eu ia fazer Pedagogia enquanto ele escolheu Medicina. E, a minha mente louca, trabalhava a mil por hora porque eu tinha medo, acima de tudo.
E, claro, me ferrei. 
Não que eu não estivesse estudado, ao contrário, estudei muito, mas para quem não conhece e não faz ideia do que é uma prova de vestibular, se dar mal na primeira é completamente aceitável. E não foi só eu, meu irmão também.
Partimos para a Federal, quer dizer, Universidade Federal e lá estávamos nós de novo com a difícil escolha do ser ou não ser. E aí, meu irmão descobriu que não tinha jeito algum para Medicina, enquanto eu me apaixonava cada vez mais por Literatura e Língua Portuguesa, o que me fez despertar para o mundo da escrita. 
E eu tinha mais duas opções: Letras e Jornalismo.
Só que nada disso surtiu efeito e eu fiz para Pedagogia de novo. Eu juro que, por mais esquisito que possa parecer, eu gostava dessa área. E já tinha experiência de sala de aula, de documentos escolares, de rotinas escolares e toda essa conversa escolar.
E então, veio a prova do Instituto Federal. 
Yeah. 
Fiz para Química e foi emocionante ver meu nome entre os aprovados, mas na hora de fazer a matrícula, dei para trás.
No meio de tanta confusão, eu também havia sido selecionada pelo PROUNI, programa que salvou a minha vida, para a melhor faculdade particular da cidade. E que ficava a quilômetros da minha casa.
Aí eu que estudei de manhã durante toda a minha vida, precisaria passar a estudar à noite porque, como desisti de Química, fiz a matrícula na particular e sim, acabei em Pedagogia.
Que ironia, hein?
Depois de várias pesquisas, de dores de cabeça, de organizar documentos, eu estava matriculada e ainda por cima não ia pagar a mensalidade.
O mais divertido disso tudo foi a coragem que meus pais me deram, enquanto primos e tios diziam que eu ia me dar mal porque professor ganha pouco.
E a experiência que adquiri não tem preço, pois nada nessa vida, vai substituir tudo o que passei e o que vivi.
O mais importante nessas horas é a mente tranquila, pesquisar bem, colocar na balança os aspectos positivos e negativos e, além de tudo, se informar.
A informação nos leva longe. 
E, por favor, procure sempre informações confiáveis.
A difícil escolha entre o ser e o não ser vai existir sempre, até mesmo quando já estamos na faculdade. Sempre vai ter a pergunta se aquele é mesmo o melhor caminho...
O “E se” vai existir para sempre porque o ser humano é assim, ele sempre vai fazer suposições... Só não pode se deixar abalar por isso.
O importante, ao final, é ser feliz com nossas próprias escolhas.
Eu passei por isso e sei como é, agora é a sua vez!

1 comentários:

Claudinha Moura disse...

Que aventura hein amiga rsrsrsrs

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Cantinho da Quel Published @ 2014 by Ipietoon