segunda-feira, 8 de junho de 2015

Dançando sobre cacos de vidro


Autor(es): Ka Hancock
Editora: Arqueiro
Gênero: Literatura Estrangeira | Romance
Páginas: 336
Ano: 2013
Sinopse: Lucy Houston e Mickey Chandler não deveriam se apaixonar. Os dois sofrem de doenças genéticas: Lucy tem um histórico familiar de câncer de mama muito agressivo e Mickey, um grave transtorno bipolar. No entanto, quando seus caminhos se cruzam, é impossível negar a atração entre eles. 
Contrariando toda a lógica que indicava que sua história não teria futuro, eles se casam e firmam -por escrito - um compromisso para fazer o relacionamento dar certo. Mickey promete tomar os remédios. Lucy promete não culpá-lo pelas coisas que ele não pode controlar. Mickey será sempre honesto. Lucy será paciente. 
Como em qualquer relação, eles têm dias bons e dias ruins - alguns terríveis. Depois que Lucy quase perde uma batalha contra o câncer, eles criam mais uma regra: nunca terão filhos, para não passar adiante sua herança genética. 
Porém, em seu 11° aniversário de casamento, durante uma consulta de rotina, Lucy é surpreendida com uma notícia extraordinária, quase um milagre, que vai mudar tudo o que ela e Mickey haviam planejado. De uma hora para outra todas as regras são jogadas pela janela e eles terão que redescobrir o verdadeiro significado do amor. 

Dançando sobre cacos de vidro, de Ka Hancock, conta a história de Lucy e Mickey, um casal que, na verdade, não deveria se apaixonar. Lucy porque herdou da família de sua mãe os genes cancerígenos e Mickey por sofrer de transtorno bipolar.
No entanto, desafiam o destino e se casam. Não muito mais tarde, Lucy descobre que está doente e precisa travar uma luta contra o câncer e é nesse ponto que o casal concorda em não ter filhos.
Mickey sabe que herdou de sua mãe o transtorno bipolar e não quer passar isso adiante. Lucy que, no passado perdeu toda a família por parte de mãe para o câncer, concorda que não pode fazer isso com uma criança, ou seja, passar adiante seus genes doentes.
A relação do casal evolui, com alguns dias bons e outros ruins, até que em um exame de rotina, em seu 11° de casamento, Lucy descobre que o impossível aconteceu.
No início é desesperador a reação de Lucy porque o casal, tentando manter um bom relacionamento sem destruir o casamento, tem um contrato de regras a seguir.
No entanto, todas as regras são jogadas pela janela, Lucy se vê perdida, sem saber exatamente como contar a verdade para Mickey. A proposta do livro é redescobrir o significado do amor.

Ka Hancock é uma escritora que, ao contrário do que todos pensam, não vive apenas da escrita. Ela é enfermeira, tem especialização em psiquiatria e costumava trabalhar com dependentes químicos. Obviamente, usou seus conhecimentos na construção de toda a narrativa, que é o que mais chama atenção. Não é fácil escrever um livro que fala sobre a luta de alguém com transtorno bipolar e como é voltar a vida após uma crise.

É preciso talento para lidar com esse transtorno. É preciso coragem para controlá-lo a fim de que ele não me controle. Às vezes é preciso encontrar um bom guia. No meu caso, precisei de um destino. Lucy é meu destino. Não importa se estou encurralado num canto escuro ou debruçado sobre um precipício estonteantemente brilhante, meu objetivo é sempre voltar para ela.
Mickey, p. 44

Ka Hancock também se mostrou muito detalhista, pois descreve muito bem as características emocionais de cada personagem, além, é claro, da construção dos cenários.
O final do livro, já esperado pelo desenrolar da narrativa, é o que mais emociona. Aliás, já pela capa dá para notar o que realmente acontece com os personagens.


domingo, 7 de junho de 2015

Dezesseis Luas


Autor(es): Kami Garcia
Editora: Galera
Gênero: Literatura Estrangeira 
Páginas: 490
Ano: 2010
Sinopse: Ethan é um garoto normal de uma pequena cidade do sul dos Estados Unidos e totalmente atormentado por sonhos, ou melhor, pesadelos com uma garota que ele nunca conheceu. Até que ela aparece...  Lena Duchannes é uma adolescente que luta para esconder seus poderes e uma maldição que assombra sua família há gerações. Mais que um romance entre eles, há um segredo decisivo que pode vir à tona.


Mais uma série desconhecida se tornando conhecida aqui no Brasil. E o mais incrível é que ela já existe, se não for mero engano, desde 2009. Sejamos justos que neste ano as grandes séries estavam estourando em nosso país e, por isso, outras não tiveram o devido espaço por aqui.

Dezesseis Luas é o primeiro livro da série Beautiful Creatures. No Brasil, a publicação é da Record. Li na internet que a mesma possui grandes erros de impressão e de edição, mas ainda não tive a chance de conferir.

Eu gostei muito do livro. Ainda não conhecia a série e ouvia muitas críticas em relação aos livros, mas como sempre digo... Não tem como julgar nada sem conhecer.

A história, de começo, parece até chata porque traz à tona a história da cidade e para quem não gosta de fatos históricos vai odiar os primeiros capítulos do livro. A história se passa na Carolina do Sul, em Gatlin (acho que é assim que se escreve).

Ethan é um adolescente que odeia ter nascido em uma cidade pequena e odeia ter de permanecer lá. Seu maior sonho é poder sair de lá e conhecer outros lugares... Na teoria, tudo o que ele quer é passar muito tempo longe de Gatlin, da pessoas de Gatlin e da escola.

Lena é uma garota que não tem nada de normal e se percebe isso desde a primeira aparição dela e, de começo, tenta afastar as pessoas... Até mesmo Ethan. Ela é a garota estrangeira que chega à Gatlin e que, além disso, é sobrinha do recluso Macon Ravenwood.

O único problema é que as pessoas de Gatlin não são acostumados a receber estrangeiros e, por isso, Lena não se encaixa na perspectiva dos cidadãos da pacata cidade.

O que me chamou a atenção é que, diferentemente das outras séries, Dezesseis Luas é narrado em 1° pessoa, pelo ponto de vista do Ethan. Muita gente, inclusive disse que a narrativa, em muitos pontos, parece ser feminina.

Não concordo, é claro.

Em minha opinião, como qualquer outra série, Beautifl Creatures tem um ponto específico a ser trabalhado e cada leitor entende como quer, mas o relacionamento do Ethan com a Lena, com certeza, é o principal acontecimento.

Ethan pode até parecer frio nos primeiros capítulos, um adolescente sem limites, mas vai se tornando alguém bastante romântico e alguém disposto a lutar por aquilo que acredita.

Antes de criar qualquer opinião sobre a série, fiz algumas pesquisas e muitos sites apresentam Dezesseis Luas como o novo Crepúsculo.

Beautiful Creatures é uma série da mesma idade de Crepúsculo, mais ou menos. Não sei ao certo se foi publicada antes ou depois, contudo, as semelhanças estão presentes, como, por exemplo, o modelo do carro da mãe do Ethan que, aliás, só aparece lá pela metade do livro.

Querer comparar a Bella com a Lena é uma total blasfêmia às duas séries porque são personagens bastante distintas. Isabella Swan e Lena Duchanne não possuem aparências iguais e muito menos personalidades parecidas.

Talvez, o que aproxime as duas séries sejam os personagens masculinos. Ethan e Edward, acima de tudo, são personagens totalmente apaixonados. Contudo, o Ethan tem um aspecto diferente do Edward, em meu ponto de vista.

Ethan sabe que estar ao lado da Lena é perigoso, uma vez que todos procuram lembrá-lo disso, mas isso se torna irrelevante à medida que ele vai conhecendo a realidade dela.

Ele luta por Lena, até mesmo quando ela decide se afastar dele e, para mim, foi um dos capítulos mais difíceis de ler porque, tem um aspecto que torna tudo mais complicado: a ausência de Lila.

Lila é a mãe do Ethan, que facelera um ano antes e que deixou um marido que se torna totalmente ausente na vida do filho. E Ethan tenta seguir a vida, mas quando Lena se afasta, isso se torna totalmente complicado pra ele já que ele precisa lidar com a ausência da mãe e com a ausência da Lena.

A história em si é bastante proveitosa para quem curte ler sobre bruxaria e espiritismo. Então, quem curte sobrenatural, tá aí uma boa opção de leitura.

Hoje, fui ver o filme porque estava bastante ansiosa em relação à produção cinematográfica da série e tento entender o que aconteceu.

O trailer parece interessante, o elenco é pequeno em relação a grandes produções, o orçamento foi bem básico e a direção tentou aproveitar dos materiais e do que tinham em mãos.

Para quem espera que o filme seja fiel ao livro vai se decepcionar. Porque poucos fatos foram retirados da obra e teve um roteiro até que bem adaptado, com um grande final, em termos.

Não se sabe ainda se o filme terá uma sequencia já que o livro não foi bem aceito nos Estados Unidos e pelo que vi, nem aqui no Brasil. Mas, eu acho que a série merece uma chance e para quem não conhece, procure conhecer.

Sou totalmente a favor da sequência cinematográfica, mas não sou eu quem decide nada, certo?

Uma boa dica para você que procura um bom filme de fim de semana.
 



Para Sempre – A história de Kim e Kricket Carpenter


Autor(es): Kim Carpenter | Krickitt Carpenter
Editora: Novo Conceito
Gênero: Drama / Romance
Páginas: 144
Ano: 2012
Sinopse: Para Sempre - A vida que Kim e Krickitt Carpenter conheciam mudou completamente no dia 24 de novembro de 1993, dois meses após o seu casamento, quando a traseira do seu carro foi atingida por uma caminhonete que transitava em alta velocidade. Um ferimento sério na cabeça deixou Krickitt em coma por várias semanas. Quando finalmente despertou, parte da sua memória estava comprometida e ela não conseguia se lembrar de seu marido. Ela não fazia a menor ideia de quem ele era. Essencialmente, a "Krickitt" com quem Kim havia se casado morreu no acidente, e naquele momento ele precisava reconquistar a mulher que amava.


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Então gente...
Hoje vim aqui para falar dessa obra espetacular que muitos de vocês que costumam passar por aqui deveriam ler porque é realmente um aprendizado.
Você passa a ver a vida de forma diferente, passa a analisar o quanto a sua vida é boa em relação a de outras pessoas.
O primeiro contato que tive com essa história foi através do trailer em que uma amiga me mostrou quando estávamos conversando sobre histórias que marcam e quando estávamos pensando em firmar parceria e escrever algo juntas.
O trailer me marcou por demais e eu fiquei ansiosa em ver o filme e eu passei a falar disso exaustivamente com quase todas as pessoas que conheço.
Depois de assistir o filme e o achar lindo, comecei a procurar na internet mais informações do livro porque ainda não estava disponível no Brasil.
O tempo passou e eu entrei na livraria a procura de livros do gênio da Literatura Nicholas Spark e encontro na prateleira dedicada ao autor um exemplar de “Para Sempre – A história de Kim e Kricket Carpenter”.
Não pensei duas vezes e qualquer pensamento de comprar algum livro do Nicholas se esvaiu. Eu peguei o exemplar de “Para Sempre” e fui diretamente para o caixa.
Uma semana.
Foi o tempo que demorei para ler todo o livro que, apesar de ser fino, eu não tinha muito tempo para me dedicar a ele. Eu sempre o abria no caminho para o trabalho.
E, logo, no segundo capítulo, começa toda a aflição.

Livro x Filme
[Contem Spoiler]

A primeira coisa que se percebe é que o filme foi uma adaptação do livro porque não é fiel ao que está escrito ali.
Vendo o filme, podemos ter uma noção do que aconteceu com o casal, do que eles enfrentaram, mas é no livro que temos a real dimensão do que aquele acidente significou na vida do casal.
E o quanto Kim foi guerreiro ao lutar não só por ele, mas por manter seu casamento com Kricket quando a mesma não fazia a mínima ideia de quem ele era.
Quer dizer, ela não tinha nenhuma lembrança de nada relacionado a ele.
Durante a leitura, em muitos momentos, Kim e Kricket falam de Deus e a impressão é de estarmos em meio a um daqueles filmes gospel norte-americanos, entretanto, não é.
É uma história de fé.
Porque em nenhum momento Kim perde a fé, embora em muitos momentos, sentimos que ele vai fraquejar em sua missão, mas sempre há alguém para puxá-lo para sua realidade.
Durante a narrativa, o personagem vai crescendo, e por muitos momentos, você fecha o livro, respira fundo, e volta para a leitura.
No filme, temos a real noção do jogo de emoções que tudo isso significou na vida de Kim.
Entretanto, existe um fato que é diferenciado no livro e no filme.
A família de Kricket.
E, só para constar, foi uma das coisas que mais me irritou.
Porque no filme a família de Kricket/Paige é realmente um problema. Eles não a apoiam em nada do que faz, enquanto no livro, são pais maravilhosos.
No filme, Kricket descobre algo bem revelador sobre o passado de seus pais, e é o que faz se reaproximar de Kim, enquanto no livro, não há exatamente uma separação do casal, embora, para Kim, talvez fosse uma possibilidade.
Recomendo a leitura por muitos motivos...
Fé.
Esperança.
Vida.
Deus.
E, acima de tudo, pela história de vida em que ambos se encontram.
De nunca desistir.

A difícil escolha entre o ser e o não ser...

Em um mundo globalizado como o nosso, o acesso ao ensino superior torna-se um quesito indispensável para a entrada no mercado de trabalho, levando-se em consideração cargos e salários.
O mais difícil de tudo é quando o estudante precisa e necessita escolher qual caminho seguir. E aí, minha gente, começa a batalha porque o objetivo não é cometer erros.
Comigo, por exemplo, foi bem esquisito. 
Eu queria ser tudo e nada ao mesmo tempo e, desde que era uma menininha, tive tantas profissões que é até engraçado de lembrar.
Eu, com seis anos, era aeromoça ou comissária de bordo (como queiram chamar). Na ocasião, eu simplesmente idolatrava aquele mundo, o que acontece ainda, mas em menos intensidade. Sabe o que é você ficar louca com o barulho da turbina de um avião ou amar aquele cheirinho de aeroporto? Era exatamente o que acontecia comigo.
Eu, com doze anos, queria ser professora porque, na minha cabeça louca, era uma profissão super valorizada, ou que, pelo menos, as pessoas deviam amar e idolatrar em todas as instancias de nossas vidas. Afinal, o que seria de nossas vidas sem nossos mestres? 
É claro, que depois de dez anos a minha visão em relação a isso é diferente.
Eu, com quinze anos, já no ensino médio, queria uma profissão diferente e que, no mínimo, era loucura. 
Sim, minha gente, eu queria fazer Química. No entanto, a visão que as pessoas têm desse profissional é tão distorcida que eu realmente fiquei assustada com o julgamento, na época.
Eu, com dezesseis anos, queria entrar para a mesma área que a minha mãe trabalhava. E quem diz “Eu não vou deixar ninguém influenciar a minha decisão” está enganado. 
Gente, não caiam nisso porque é balela.  As influencias estão ao nosso redor, onde menos imaginamos. 
E, no meu caso, a minha mãe era a minha referencia porque ela trabalhava na área de saúde e ver ela de branco era... Emocionante. O problema disso tudo é que eu tinha aversão a sangue, o que ocorre até hoje, e eu precisava arrumar um jeito de não chegar perto de sangue ou estudar anatomia com cadáveres. 
É claro que, no final, eu arranjei mesmo um jeito: Eu queria ser nutricionista.
Só que não deu muito certo quando comecei a pesquisar tudo que eu precisava estudar para entrar para essa profissão e, de acordo com o meu irmão, a minha cara de horror foi impagável.
E então, parti para a minha segunda referência. Meu pai. Yeah! Eu tinha uma segunda opção de curso que não era na área de saúde, mas que eu admirava.
Então, com dezessete anos, eu tinha  um novo plano e uma nova profissão.
Meu pai trabalhava com construção civil e a vida dele era fazer cálculos, orçamentos, medir espaços e todo aquele blábláblá. 
Meu novo plano incluía eu me matar de estudar para fazer Engenharia.
Aí veio mais um problema... A grade de Engenharia não me agradou, mas eu queria estar na mesma área do meu pai e fiquei dias pensando no que fazer. 
Com bases em pesquisas, conheci a parte legal da coisa toda e, com certeza, menos chata. É claro que me apaixonei por Arquitetura.
Até aí tudo bem... Eu seria uma ótima profissional se, pelo menos, conseguisse gostar de matemática, o que odeio até hoje.
E, por falar em cálculo, vocês precisam saber que tomei um grande susto quando descobri que, no ultimo ano do ensino médio, tinha sido a melhor aluna da turma em Matemática e Química. 
Gente, matemática! Eu tinha sido a melhor aluna em Matemática e Química!
O meu pensamento foi, com toda certeza, bem louco ou perto disso. No mínimo, o de que a minha escola pirou. Ou os professores.
Nunca vou saber quem pirou de verdade.
Mas, voltando a temática, chegou, enfim, o temido ano... O ano que todo estudante ama, para não dizer o contrário, porque são tantas responsabilidades ao mesmo tempo. Precisamos nos dedicar à escola, tirar notas boas, estudar para as milhões de provas e, ainda mais, escolher a tal da profissão que queremos.
Não que eu esteja reclamando, mas é uma coisa que muda todo o futuro de uma pessoa. É o que vamos ser para o resto de nossas vidas e são tantos questionamentos que nos vemos loucos com a difícil escolha do ser ou não ser.
Enfim, o ano logo ia acabar e lá estava eu louca com tantas responsabilidades. 
E a pior delas, para mim pelo menos, era o ENEM.
Depois do ENEM veio a prova da Estadual e logo depois veio as provas da Federal. 
A parte legal disso tudo? 
Bom, é bem difícil ter algo legal nessa história de ser ou não ser, mas, na cidade que eu morava, para meu alívio, eu podia escolher entre duas Federais porque lá tem duas.
Yeah! De novo, a sorte estava do meu lado. 
Preciso dizer que esse foi um pensamento bobo?
O ENEM passou e veio a prova da Estadual, que entre milhares de cursos e milhares de opções, eu precisava escolher apenas um. 
E o que levei em consideração? Claro, o meu super poder de entender as matérias que exigiam leitura. 
E corri de calculo, literalmente.
Lá estava eu fazendo minha primeira prova de vestibular para Pedagogia, o que foi uma escolha tão pequena em relação ao curso que meu irmão havia escolhido.
Meu irmão é um ano mais novo do que eu, mas sempre estivemos juntos, entramos na escola juntos, estudamos juntos, fomos amigos e nos formamos juntos, assim como prestamos vestibular juntos. E em relação ao curso dele, Pedagogia era tão... Sem palavras.
Serio. Eu ia fazer Pedagogia enquanto ele escolheu Medicina. E, a minha mente louca, trabalhava a mil por hora porque eu tinha medo, acima de tudo.
E, claro, me ferrei. 
Não que eu não estivesse estudado, ao contrário, estudei muito, mas para quem não conhece e não faz ideia do que é uma prova de vestibular, se dar mal na primeira é completamente aceitável. E não foi só eu, meu irmão também.
Partimos para a Federal, quer dizer, Universidade Federal e lá estávamos nós de novo com a difícil escolha do ser ou não ser. E aí, meu irmão descobriu que não tinha jeito algum para Medicina, enquanto eu me apaixonava cada vez mais por Literatura e Língua Portuguesa, o que me fez despertar para o mundo da escrita. 
E eu tinha mais duas opções: Letras e Jornalismo.
Só que nada disso surtiu efeito e eu fiz para Pedagogia de novo. Eu juro que, por mais esquisito que possa parecer, eu gostava dessa área. E já tinha experiência de sala de aula, de documentos escolares, de rotinas escolares e toda essa conversa escolar.
E então, veio a prova do Instituto Federal. 
Yeah. 
Fiz para Química e foi emocionante ver meu nome entre os aprovados, mas na hora de fazer a matrícula, dei para trás.
No meio de tanta confusão, eu também havia sido selecionada pelo PROUNI, programa que salvou a minha vida, para a melhor faculdade particular da cidade. E que ficava a quilômetros da minha casa.
Aí eu que estudei de manhã durante toda a minha vida, precisaria passar a estudar à noite porque, como desisti de Química, fiz a matrícula na particular e sim, acabei em Pedagogia.
Que ironia, hein?
Depois de várias pesquisas, de dores de cabeça, de organizar documentos, eu estava matriculada e ainda por cima não ia pagar a mensalidade.
O mais divertido disso tudo foi a coragem que meus pais me deram, enquanto primos e tios diziam que eu ia me dar mal porque professor ganha pouco.
E a experiência que adquiri não tem preço, pois nada nessa vida, vai substituir tudo o que passei e o que vivi.
O mais importante nessas horas é a mente tranquila, pesquisar bem, colocar na balança os aspectos positivos e negativos e, além de tudo, se informar.
A informação nos leva longe. 
E, por favor, procure sempre informações confiáveis.
A difícil escolha entre o ser e o não ser vai existir sempre, até mesmo quando já estamos na faculdade. Sempre vai ter a pergunta se aquele é mesmo o melhor caminho...
O “E se” vai existir para sempre porque o ser humano é assim, ele sempre vai fazer suposições... Só não pode se deixar abalar por isso.
O importante, ao final, é ser feliz com nossas próprias escolhas.
Eu passei por isso e sei como é, agora é a sua vez!
 

Cantinho da Quel Published @ 2014 by Ipietoon