terça-feira, 21 de junho de 2016

Eu digo não ao assédio


Acordei. E era um novo dia.
O mês tinha se iniciado há alguns dias e eu podia sentir a esperança de novas experiências, novas energias, pois tudo parecia novo, mas, ao mesmo tempo, fora apenas a passagem de um dia para o outro.
Lembro de me sentir muito feliz, animada até pelo fato de eu ter, com muita força de vontade, vencido os primeiros dias de faculdade.
Não muito longe de mim, outras pessoas acordavam para enfrentar mais um dia de trabalho, muito trânsito, ônibus lotados.
Por fim, a rotina parecia a mesma.
Porém, no dia 11 de maio, quinta-feira, uma jornalista, muito mais nova do que eu, provavelmente recém-formada, acordou para mais um dia de trabalho na redação. Parecia normal encarar mais uma reunião de pauta, pegar o seu bloquinho de anotações e sair à procura de uma entrevista, de uma boa manchete.
Naquele dia, ela acordou, chegou cedo ao trabalho porque sabia que era responsável por uma entrevista e estava animada por se tratar de alguém que vinha fazendo sucesso entre os jovens.
Ela provavelmente fez uma pesquisa a fim de fazer as perguntas certas, afinal se tratava da divulgação do novo CD do cantor, então, a jovem deve ter se sentido feliz por conseguir uma entrevista e muito mais pelo entrevistado não ter desmarcado por ele saber que seria uma coisa boa para sua carreira.
E lá foi ela em direção a entrevista, chegou no horário, pegou seu celular – ou gravador – e viu que estava tudo pronto, checou sua maquiagem e sorriu. Ela tinha se preparado para esse dia e, no fim, estava mesmo acontecendo.
Começara a entrevista até ouvir...

“Você é uma gostosinha”
“Eu te quebraria ao meio se te pegasse”

Espera... Volta a fita. Ele disse o quê? Será mesmo que ele estava falando com ela?
Sim, infelizmente, ele estava.
E, naquele dia, ela sabia que, como profissional, como mulher, não poderia ficar calada, ela não podia simplesmente fingir que aquilo não aconteceu e, por esse motivo, foi até a Delegacia para registrar um Boletim de Ocorrência.
Um longo processo se iniciava naquele dia.
Algumas semanas depois, no dia 3 de junho, o caso foi revelado à Imprensa pelo site que, até então, a jornalista, cujo nome não foi revelado, trabalhava.
A Imprensa ainda lidava com o caso do estupro coletivo, novos casos surgiam e parecia interessante para os telejornais noticiarem que as mulheres, enfim, tomaram coragem para denunciar crimes tão graves.
Até que...

Repórter é assediada pelo cantor Biel
Cantor Biel é acusado de assédio sexual por repórter
Repórter diz que foi assediada por cantor Biel

Isso! Alguns veículos de comunicação comemoram, alguns se mobilizam para entrar em contato com a assediada para garantir uma entrevista.
Enquanto isso, a assediada, que é mulher, jornalista, repórter, não imagina que, naquele dia, estava colocando em xeque seu caráter, sua dignidade e seu emprego.
O veículo de comunicação garante apoio a sua funcionária em tudo o que ela precisar durante o processo e o caso ganha notoriedade, a repercussão é grande, surgem outras denúncias contra o contar e mulheres – de todas as idades e de diferentes lugares – apoiam a jornalista.
Porém, duas semanas depois, na última sexta-feira, 17, a Imprensa revela que a repórter foi demitida após o retorno de uma licença. O veículo, em nota, esclarece que a demissão aconteceu por causa de uma reestruturação pelo qual a empresa passa no momento, o que surpreende colegas da própria redação, que desconheciam a possibilidade de uma demissão.
Essa é a história de uma mulher, que, assim como eu, estudou para ter um bom emprego.
E, agora, ela não é mais a repórter, é a jornalista – assediada e desempregada – que enfrentará um processo judicial contra o cantor, sozinha.
Jornalistas, empaticamente, apoiam a causa em prol de um bem maior e se juntam nas redes sociais para discutir o assunto, uma vez que, poucos dias antes, estoura a notícia de que jornalistas do Paraná sofrem sanções por denunciar o aumento de salários no Judiciário.
Então, uma outra discussão se inicia: Assédio até quando?
Jornalistas, especialmente as mulheres, se unem e criam a campanha, que divulga a hashtag #jornalistascontraoassedio e sua fanpage já conta com mais de 4.500 seguidores no Facebook. Em um vídeo, várias jornalistas relatam comentários machistas que já ouviram de entrevistados, chefes e até autoridades. "Se eu soubesse que você era bonita assim te dava uma exclusiva", conta uma jovem, sobre uma fonte. "Esse político só vai falar pra sua matéria se você for tomar um café com ele, jogar um charme", ouviu outra.
Essa poderia ser a história de qualquer pessoa, poderia até mesmo ser a minha história, a sua, de seus amigos. Essa é uma história de que, independentemente do que aconteça, assédio é CRIME.
Essa é uma história de que assédio PRECISA ser denunciado e de que ninguém deve passar por isso e se calar.
Como estudante de jornalismo e mulher, eu digo não ao assédio e...


Eu não vou me calar!

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2016

[Aula Inaugural] Jornalismo

Quem me conhece sabe a tremenda predisposição que eu tenho para estudar, eu simplesmente não consigo parar e todas as pessoas que me cercam são testemunhas disso.
Pois então, há algum tempo, eu escrevi aqui um texto bem legal sobre a escolha da minha primeira graduação, ficou até engraçadinho pelo fato de ter desejo de várias profissões ao longo da minha vida.
É, eu fiz Pedagogia e formei em 2011, mas, de alguma forma, durante a minha caminhada na área de educação, eu descobri a minha verdadeira vocação, sem dar muita atenção.
Ignorei-a, continuei a estudar Pedagogia, mas, ao terminar, senti que faltava algo, eu até sabia o que era, fui atrás, mas acabei descobrindo que, naquela época, jamais eu teria condições de fazer o curso que eu realmente queria.
Procurei uma alternativa e foi assim que eu cheguei ao curso de Letras Português-Inglês.
Por questões de carga horária, refiz todas as matérias de licenciatura e cursei os três anos previstos para a conclusão do curso.
Terminei em 2014, mas, como eu já disse em outros textos, a minha colação de grau, aconteceu em fevereiro.
Trabalhei bastante, mas não conseguia parar de pensar que já estava passando da hora de eu tomar a maior decisão da minha vida, o que me fez queimar neurônios.
Em dezembro, dois dias antes do Natal, eu decidi me presentear e tomei coragem para fazer a inscrição no vestibular.
Lá fui eu, abri a página da instituição, coloquei os meus dados e finalizei a inscrição, descobrindo, poucos minutos depois que eu teria abono da taxa de inscrição.
Sorri.
Era tudo o que eu precisava aquele dia e encarei como um sinal de que estava, finalmente, trilhando o caminho certo.


Nossa, uma data nunca demorou tanto para chegar, os dias pareciam se arrastar, as horas não passavam e o dia 16 de janeiro nunca chegava, mas, no dia anterior, eu realmente senti medo de não passar, o que é ridículo, uma vez que eu já passei por esse processo – duas vezes!
Acordei cedo, coloquei uma roupa bonita, fiz uma maquiagem leve e fui lá fazer a prova, ainda extasiada, tanto que não prestei atenção em nada ao meu redor, estava focada apenas que eu esta ali para fazer a prova do vestibular.
Pois é, eu fui, em um sábado de manhã, entrei na sala e quase não acreditei quando peguei a prova com o meu nome que dizia que eu estava concorrendo a uma vaga para o curso de Comunicação Social com habilitação em Jornalismo, foi... Surreal.
Pior foi saber que o resultado só sairia na segunda-feira após as 17 horas.
Eu ia morreeeerrr!
Uma coisa que quase ninguém sabe sobre mim é que eu sou uma pessoa extremamente ansiosa e, honestamente, eu já me via tendo crises de insônia e ansiedade até saber o resultado. Incrivelmente, nada disso aconteceu e foi o fim de semana mais relaxado da minha vida, talvez pelo fato de eu saber que tinha grande chance de passar.
A segunda chegou e se arrastou, a hora não passava, eu brigava com o relógio e... Depois do almoço, agindo de maneira impulsiva, eu resolvi abrir o site da faculdade, digitei meus dados e... BAM!
Lá estava p resultado.

APROVADA!
Eu pulei, o coração veio na garganta, eu me emocionei porque foi a realização de um sonho.
Mas, agora, vinha a parte mais burocrática da história toda, a mais chata, a mais irritante. Sério, não existe nada mais chato do que correr atrás de documento.
Dei entrada na minha documentação do curso de Letras para levar na Universidade e eliminar algumas matérias, claro. E, depois, eu tinha que autenticar vários documentos para fazer a matrícula.
Sim, é chato!
O fato é que, na segunda-feira, dia 01 de fevereiro, foi a aula inaugural e eu me senti em casa. Sério, eu nem sei como descrever o que aconteceu comigo aquele dia, eu diria até que foi mágico.
Não sei muito como soou para os professores porque o meu pai foi comigo e me acompanhou em todos os momentos.
Eu achei que, por ser bem tímida, fosse odiar em nível hard o telejornalismo, mas ao entrar no estúdio, olhar para as câmeras e ver que não é ruim porque eu posso SIM vencer a timidez.
Espero me surpreender com rádio pelo fato de que eu não gostei muito do estúdio. Tenho alguns anos para descobrir.
E eu quero dizer que fotografia é a parte mais apaixonante do curso, sim!
Mídias impressas são a minha paixão, embora o mercado não esteja fácil nessa hora, não é menos apaixonante.
Enfim, foi um dos melhores momentos na minha vida <3
Quero aproveitar esse espaço para agradecer a todo mundo que torceu por mim porque deu certo o/

sábado, 30 de janeiro de 2016

Relato de viagem

O objetivo de hoje era contar para vocês sobre a minha última viagem, mas essa semana foi bem corrida e cansativa, então, eu não sabia o que escrever... Até ontem.
Falei para vocês que formei em Letras, né?
Então, na faculdade eu tinha uma professora que é tão apaixonada por viagem quanto eu – acreditem - e ontem eu descobri um texto que ela conta como foi viajar por alguns países da Europa.
Ela ficou lá durante um mês e explorou a Irlanda, Escócia e Inglaterra.
Li o post e achei as dicas super legais e falei com ela pedindo autorização para divulgar aqui no blog e ela autorizou.
Vocês podem ler o texto completo clicando aqui.
Além disso, para acompanhar postagens de outros blogs, eu coloquei ali no menu os que eu sigo e os dividi por categoria. Então, é só clicar lá para ter muito mais informação e, talvez, assim como eu, acompanhá-los também.

terça-feira, 12 de janeiro de 2016

Verdades sobre o ano novo

Boooom diaaa!
Pois é, segundo post de 2016, deveria ter sido o primeiro, na verdade, mas sou teimosa e preferi escrever sobre fanfic porque sou dessas!
Esse texto já deveria estar pronto e aqui no blog há muito tempo, mas foi tão corrido, minha casa estava uma bagunça, tivemos visita e todo aquele blábláblá de fim de ano.
E eu confesso, enrolei um pouquinho para escrever esse artigo por motivos que não me faltam, aliás, graças a Deus que 2015 foi embora.

- O que eu fiz em 2015

Não que não tenha sido um bom ano, foi sim, eu viajei, passei momentos maravilhosos com a minha família paulista e fiz compras em Suzano – vocês deveriam visitar os china lá, são ótimos – e trouxe um monte de coisas novas na mala e até consegui organizar o meu quarto, os meus livros e, principalmente, a minha vida.
Aliás, está nos meus planos um post de como se virar no Aeroporto de Guarulhos e contar mais sobre as minhas viagens.
Ah, e também comecei o ano em um emprego novo, fazendo o que eu gosto, trabalhando e aprendendo muito, sempre tinha textos novos para revisar e até me arrisquei a escrever conteúdo sobre Educação Inclusiva.
É, tenho que admitir que 2015 não foi assim tão ruim, mas também não foi bom.
Porque, eu, infelizmente, perdi a minha vó paterna, ela estava com um problema sério de coração e não resistiu. Ela foi morar no céu no final de Janeiro do ano passado.
Além desses acontecimentos, eu me formei... De novo. Não fiz um post sobre a minha formatura de Pedagogia até porque o meu blog não estava nos meus planos naquela época e também não fiz um post sobre a minha formatura de Letras, um dia eu faço.
Enfim, finalmente, sou licenciada em Letras! E isso aconteceu em fevereiro.
Uma parte da minha família paulista compareceu e eu fiquei muito feliz porque fizemos muita coisa, fomos para Santa Catarina e eu conheci o Beto Carrero.
É um parque super legal com shows muito bons de vários personagens e eu curti o que escolhemos para assistir até porque meu sobrinho – meio torto – de quatro anos curte Madagascar e eu também, então, é, podem me julgar!
Quero voltar lá em breve.
Eu também fui para a praia em algum feriado - porque foram muitos e eu não lembro exatamente em qual, apenas que curti – e descobri que vale a pena ter um título do Candeias, sim!
Mãe, obrigada por me levar.
Além disso, em Outubro, criei vergonha na cara e, junto com minha amiga, exploramos Florianópolis. Eu não sabia que Floripa era tão grande e tinha tantos lugares bonitas, também quero voltar lá para explorar mais.
Um fim de semana não foi o suficiente para descobrir as belezas da capital catarinense, eu só digo que vale a pena ir de ônibus, sim! E chegar à noite. Também é sempre bom levar um casaco bom.
Não tinha parado para analisar, mas escrevendo esse post descobri que superei as expectativas de viagens! Eu viajei bastante, mesmo que tenham sido apenas fins de semana, mas todos eles valeram a pena.
Estava nos meus planos viajar e passar o ano novo em São Paulo também, mas sabe aquele emprego novo que falei no começo do texto? Pois é, ele evaporou em Outubro também.
A crise econômica atingiu o setor editorial e conquistar novos clientes foi bem difícil, fechar projetos, então, foi quase impossível. Então, entrei para um time que não gostaria de estar e tirei férias provisórias.
Então, não, eu não fui para São Paulo e, sim, fiquei em casa. E quer saber? Foi a melhor decisão que eu tomei porque eu conversei muito com a minha mãe sobre decisões que eu já vinha pensando em tomar e ela me ajudou muito a enxergar o melhor caminho.
Valeu, mãe. De novo.

- O que eu aprendi com 2015

2015 me ensinou tantas lições que eu já havia aprendido que a rotina me fez esquecer. Eu reaprendi que trabalhar faz parte da nossa vida, mas exagerar, não!
Desde 2014 eu vinha passando muito tempo no trabalho, chegando muito tarde em casa e quase não conversava mais com os meus irmãos, então, em 2015, eu tive sérios problemas de saúde, minha tendinite voltou e eu comecei a ter crises de ansiedade.
Descobri também que estava afastando pessoas que se importavam comigo porque eu não tinha tempo de ter uma vida social, eu não tinha tempo de pensar em mim.
Então, é, eu aprendi a dar mais valor nos pequenos gestos, a valorizar mais minha família e meus amigos e a gastar mais tempo comigo.
Fazer essa análise é muito importante até porque, muitas vezes, descobrimos em que ponto nós erramos e o que precisamos melhorar no novo ano.

- Quais são os meus planos para 2016

Depois de fazer uma análise, refletir e gastar menos tempo no trabalho, escolhendo freelancers que eu realmente gostaria de trabalhar, acabei me descobrindo.
Sempre gostei de pensar no fato de que passei uma vida sem decepcionar as pessoas que sempre me impulsionaram a voar mais alto. Meus pais sempre se doaram mais, sempre estiveram presentes e eu, de alguma forma, precisava retribuir.
E, por isso, talvez tenha errado em trabalhar muito para mostrar para eles uma coisa que eles já sabiam, eles já sabiam que eu poderia me destacar e ser boa.
Eu só descobri isso no final de 2015, então, sim, podem me julgar... Eu fui mesmo cega!
E daí, agora, focada em podendo, finalmente, escolher o meu trabalho, acabei descobrindo um talento que eu sempre tive, mas que estava escondido.
Então, sim, meus planos para 2016, depois que eu terminar a pós que me habilita a dar aula para o nível superior, é começar a faculdade de Jornalismo.
2016 é o ano de realizar o meu maior sonho e eu espero passar no vestibular e encarar mais uns anos de graduação.
É, eu gosto de estudar e daí?
Jornalismo é um sonho antigo que eu nunca deveria ter jogado fora, mas é isso que dá quando você ouve o que não deveria e deixa se influenciar por alguém da área que não é exatamente feliz.
Pois é.
Eu também era bem nova e não sabia direito o que eu queria da minha vida.
Agora, já adulta, com o apoio dos meus pais e com 75% dos meus sonhos realizados, eu posso fazer o que eu sempre quis e poder ser uma profissional feliz por ter tomado a decisão certa.

- O que o ano novo representa

Para muitos, começar 2016 significou apenas a passagem de um mês para o outro ou o começo de um novo dia, para outros significou a continuação de 2015.
Eu, no entanto, prefiro não enxergar o novo ano com esse olhar pessimista de 2015, eu prefiro enxergar que realmente a mudança começou, que o Brasil vai acordar e ter consciência que do jeito que está não pode continuar.
Se eu enxerguei isso, por que os outros não podem?
Hoje é o décimo segundo dia do ano e tanta coisa já aconteceu, algumas me fizeram rir, outras me fizeram chorar e, algumas, me irritaram.
Mas se eu for ligar para isso, vou cometer os mesmos erros de 2013, de 2014, de 2015.
E, se tem uma coisa que eu não quero fazer em 2016, é errar. Eu consegui, finalmente, remover da minha vida tudo o que estava me fazendo mal, resolver os meus problemas e refletir.
2016 me traz a sensação de serenidade, de que estou no caminho certo e, dessa vez, sem os erros do passado.
Essa, minha gente, é a melhor sensação do mundo! 

sábado, 2 de janeiro de 2016

Exercitar a escrita através de fanfic

Oi, gente.
Tudo bem?
Hoje trouxe um tema interessante já que muita gente me pergunta como é escrever fanfic. Bom, quem acompanha os meus posts nas minhas redes sociais, sabe que eu sou ficwriter e o desafio que é cumprir prazos para não decepcionar os meus leitores.
Sei também que existe uma discussão que leitor só exige e que o autor tem uma vida fora da Internet, mas, nesse caso e, em muitos outros, eu me coloco no lugar dos outros e sei como é a frustração de esperar a atualização da fanfic.
Escrever fanfic, para mim, foi ótimo uma vez que eu pude exercitar a minha escrita e vocês sabem que isso não é uma tarefa muito fácil, exige muito de nós e comprometimento, acima de tudo.
Sempre que eu falo que sou ficwriter, as pessoas me olham de forma esquisita por não entender o que exatamente é uma fanfic. Confesso que explicar para os outros que estão do lado de fora desse mundo é muito árduo porque preciso ouvir muitas coisas irritantes.
Para início de conversa, fanfic é uma abreviação de fanfiction, ou seja, são ficções criadas por fãs e não se caracteriza como plágio, uma vez que não lucramos com isso.
Explicando de forma mais clara:

Fanfic é uma narrativa ficcional, escrita e divulgada por fãs em blogs, sites e em outras plataformas pertencentes ao ciberespaço, que parte da apropriação de personagens e enredos provenientes de produtos midiáticos como filmes, séries, quadrinhos, videogames, etc e tem como finalidade a construção de um universo paralelo ao original e também a ampliação do contato dos fãs com as obras que apreciam para limites mais extensos.Com relação aos direitos autorais, de modo geral, considera-se que escrever uma fanfic não constitui uma violação de propriedade intelectual desde que a obra não seja comercializada e nem vise lucro.

O universo de ficwriters tem crescido nos últimos anos já que esse mundo está sendo, aos poucos, descoberto. Além de servir como interação de pessoas, escrever fanfic se torna um grande aliado quando se trata de escrita.
Escrever bem não é a fórmula mágica para se tornar um escritor de fanfic, embora ajude bastante.
No entanto, escrever fanfic exige criatividade, coerência, alinhamento de ideias, pois um roteiro não nasce de um dia para o outro e, por incrível que pareça, grandes talentos se revelam nesse contexto.
A escola não é exatamente fã de ficwriters e best-sellers, uma vez que os professores precisam seguir o currículo imposto pelo MEC, mas esquecem que ao ignorar o que os seus alunos lêem estão também ignorando a criatividade deles e muito provavelmente tornando-os futuros profissionais infelizes já que não praticam a escrita.
Ser um ficwriter não é vergonhoso, aliás, é uma ótima tática para você que pretende seguir carreira na área de Letras ou Jornalismo, por exemplo. Além de conhecer pessoas do mundo todo, também ajuda a melhorar o desempenho no estudo de línguas, gramática e despertar o interesse na leitura de clássicos.
Eu mesma comecei a ler Jane Austen e Emily Brontè depois de ler Crespúsculo, o que me ajudou bastante na faculdade de Letras quando eu tive que estudar Literatura Inglesa.
E você que está pensando em começar a escrever fanfic, não tenha medo disso porque autores de sucesso um dia começaram através de fanfic.
Para saber mais, clique aqui e leia o artigo da Melissa Marques e clicar aqui para conhecer as minhas fanfics que estão disponíveis no Nyah.

quinta-feira, 24 de dezembro de 2015

O desafio de se encontrar

Algumas manhãs são diferentes de outras, com certeza, a de anteontem foi esquisita, a de ontem decisiva e a de hoje duvidosa. 
Definitivamente, se tem uma lição que eu aprendi no mercado de trabalho é que preciso sobreviver e, sendo assim, acho que vou passar um pouquinho mais de tempo nos corredores da faculdade em 2016.
De novo.
E sem direito a férias, devo frisar.
Não porque eu não saiba o que quero da vida, isso eu tenho muita certeza, mas porque para chegar lá, o caminho se tornou meio tortuoso.
Sim, ainda me sinto culpada por abandonar um pouquinho a minha primeira graduação, a qual eu fiz com muito esforço e que me trouxe muitos amigos.

Sim, valeu a pena ter feito Pedagogia. Não, eu não trabalho na área. E daí?
Não, não sou pedagoga. Não, não sou professora. Não, não sou coordenadora, nem monitora, nem nenhuma das alternativas que a graduação de Pedagogia me deu a alternativa de trabalhar.
Então, eu fiz Letras, meio relutando só porque eu não queria admitir o quanto eu era (e ainda sou) apaixonada pelas palavras.
Eu me descobri, pois, nos três anos de curso eu fui professora de inglês, eu fui professora de português, eu fui editora de conteúdo - Valeu, Cross! - eu fui revisora e também Designer Instrucional, até me arrisquei e brinquei de ser conteudista - Valeu Café. 
Enfim, foi uma vida meio doida que eu gostava muito! 
Foram anos de muitas aventuras.
Aí eu inventei de fazer Docência do Ensino Superior só porque eu sou eu e gosto da perspectiva do nível superior. Também fiz Psicopedagogia, pois gosto de saber como funciona a mente humana em relação à aprendizagem!
E, assim como Pedagogia, a minha turma de Psico é a melhor de todas.
È estranho dizer que a cada curso que eu fiz fui me descobrindo um pouquinho mais?
E, aqui estou eu, aos 45 do segundo tempo, com 26 anos de idade, confessando que eu não tenho o mínimo talento com sala de aula!
E que eu, uma pessoa com Asperger (e sérios problemas sociais) trabalho com Marketing! E sou redatora freelancer.
De uma forma bem absurda, trabalho, de forma torta, com comunicação.
Isso não é estranho?
Sim, ainda estou carregando nas costas o fato de abandonar Pedagogia e quero chorar todas as vezes em que eu penso nisso!
Eu te amo Pedagogia porque contigo aprendi a ser, acima de tudo, humana, que não posso enxergar o outro apenas como um indivíduo. É muito mais que isso! Agradeço o time de professores por tudo <3
Também te amo, Letras! Obrigada por ter me feito a pessoa que eu sou, por ter me tornado a Raquel que eu sou hoje. Também amo o time de professores que me ensinaram gramática, linguística, por ter me ensinado revisão de textos e redação.
Também amei as minhas pós por me fazer descobrir que também tenho o espírito da liderança.
2016 me traz um novo desafio, o mais difícil de todos, que eu acho que vou conseguir superar. Devo passar uns aninhos pelos corredores da Uninter, mas e daí?
Eu meio que já previa que ia ter que seguir esse rumo se quisesse continuar a trabalhar na minha área, mas não me importo. 
Porque, no fim das contas, eu me descobri!




terça-feira, 1 de dezembro de 2015

{Dica de série} Crossing Lines - 1º temporada

Oi, gente.
Hoje estou aqui para dar uma super dica de série para ver no fim de semana ou nas férias. Quem me conhece sabe que eu sou maníaca por séries e acompanho várias e, por isso, tenho vários episódios para ver porque algumas estão atrasadas.
A dica de hoje se refere a Crossing Lines.
Eu diria que Crossing Lines se enquadra na categoria de série policial, no entanto, alguns críticos costumam dizer que é dramática.
Bom, é um pouco dos dois.
Crossing Lines é uma série criada por Edward Allen Bernero e Rola Bauer e estreou em 2013 nos EUA, pela NBC, mas sua primeira aparição televisa aconteceu na Itália.
No entanto, a NBC não transmite mais a série após o fim da primeira temporada, enquanto um canal de TV do Canadá passou a transmiti-la durante a madrugada.

A série foi renovada e as duas primeiras temporadas estão disponíveis no Netflix.

A série:

A série começa com o ex-policial Carl Hickman vendo sua vida se deteriorar depois de ter sido ferido em exercício do trabalho. Depois de tornar-se dependente em morfina e afastar-se de sua função, ele encontra uma nova chance de voltar à ativa na Corte Penal Internacional de Haia, onde trabalhará junto com especialistas de toda a Europa, investigando crimes de serial killers que cruzam as fronteiras de vários países.

Preciso dizer que o que mais gostei da primeira temporada de Crossing Lines foram as locações porque, assim como Criminal Minds, a equipe de Crossing Lines investigam assassinatos ocorridos nas fronteiras de toda a União Européia, então vocês acabam conhecendo um pouco de cada País.
Além disso, vale a pena assistir a série legendada só para conferir o sotaque britânico de cada ator/atriz.
O elenco, por sua vez, não conquista no primeiro episódio que, aliás, é bem parado, embora seja pelo motivo das pessoas conhecerem a equipe e suas habilidades.
A dica do dia é não se apaixonar pela Sienna ;)
Uma outra dica é que para entender a dinâmica da série é preciso saber primeiro quem é Michael Dorn e qual seu papel, já que é ele quem autoriza as investigações do ICC.
Bom, eu gostei bastante da primeira temporada e estou no começo da segunda que espero terminar em breve para trazer para vocês uma review.
Vocês podem conferir o trailer da primeira temporada da série clicando no vídeo abaixo.

PS: Desculpem mesmo por não estar legendado e, juro, não foi minha culpa, é que não achei a legenda ;) 

sexta-feira, 27 de novembro de 2015

[Review] Samsung Galaxy Gran Neo Plus

Oi gente.
Que saudades de retornar ao blog super reformulado, sem bug e de cara nova, deu um pouco de trabalho arrumar, mas valeu a pena.
Saber HTML sempre tem alguma serventia!
Vou tentar atualizar e trazer alguma novidade para vocês, ao menos, umas duas vezes por semana.
Começando... Agora!
Pois bem, vamos lá!
O assunto da semana é trazer uma review de um celular super bacana da Samsung.
Estamos falando do Samsung Galaxy Gran Neo Plus GT-I9060C.


Eu o definiria como um aparelho intermediário até porque ele não está entre os melhores que a Samsung já lançou, mas agrada usuários que não são tão exigentes.
Inclusive, o processador dele agüenta jogos pesados como Speed Racer e todos os outros do mesmo grupo que exigem uma boa potência para rodar.
O Gran Neo é um aparelho que vem com Android 4.4 (o Kit-Kat), possui 8GB de memória interna, é dual chip e conta com câmera de 8 mp, enquanto a frontal tem 2 mp.
É um celular que te permite tirar boas fotos, tem flash e a câmera frontal não é tão ruim, mesmo no escuro.
Por ser Android, o celular possui apenas 5 gb liberados para o usuário baixar seus aplicativos e te permite desinstalar os jogos que vem pré-instalados e personalizar o seu menu. O aparelho também suporta cartão memória de até 64 Gb.
Esse modelo da Samsung também conta com Wifi e 3G.
Para alguns usuários, o tamanho pode incomodar já que ele é mais largo que aparelhos de costume da Samsung como o Galaxy S3 e S4.
O Gran Neo Plus possui 9,6 mm de espessura, tela de 5’ e peso de 163 gramas.
Se vale a pena?
É uma decisão que depende apenas do usuário. 
Se você quer um celular por um bom preço para usar aplicativos de redes sociais, Internet e rodar jogos intermediários, esse modelo é ideal.
 

Cantinho da Quel Published @ 2014 by Ipietoon